Desde o começo dos tempos o incenso teve um papel importante na existência humana. Com a utilização do fogo, a humanidade descobriu que muitos materiais exalavam odores quando queimados, alguns muito agradáveis e outros nem tanto. Essas essências aromáticas frequentemente despertam os sentidos. Alguns especialistas acreditam que a queima de materiais como cedro, frutinhas, raízes e resinas nos deram nosso primeiro incenso verdadeiro. Algumas relíquias de incenso de milhares de anos têm sido encontradas pelo mundo afora. Assim, é possível dizer que o incenso tem sido parte de muitas culturas diferentes por longo tempo. Por isso é que a exata origem do incenso não pode ser determinada.
Os conceitos básicos do incenso são realmente muito simples. É uma combinação de elementos aromáticos e uma fonte de calor. O incenso sempre teve laços com os aspectos religiosos e de medicina de várias culturas, mesmo nos dias de hoje. O nome “incenso” vem do verbo latim incendere, que significa queimar.
Acreditava-se que o incenso era um elemento essencial em qualquer oferenda aos deuses. A atividade comercial dessas ervas e especiarias era, portanto, muito popular. Eram comercializadas somente as melhores essências e sua necessidade levou o comércio a considerar esses ítens como um ativo.
Por muitos anos antes de Cristo, o olíbano valia mais do que a prata ou o ouro. O uso do olíbano pode ser verificado entre os antigos egípcios, persas e assírios. Essa popular fragrância e seus usos foram adotados pelos romanos. Esse conhecimento foi obtido através do contato que eles tiveram com as nações orientais. O comércio de olíbano prosperou por mais de 1500 anos. O auge dessa época foi durante o Império Romano.
O declínio do comércio de olíbano ocorreu logo após essa época. Isso aconteceu por causa das pesadas taxas das rotas de comércio e da queda do Império Romano. Simplesmente a demanda não era mais suficientemente grande .
O olíbano é agora mais comumente conhecido porque foi um dos presentes trazidos ao menino Jesus em celebração ao Seu nascimento. Os mestres sábios trouxeram três presentes: ouro, olíbano (frankincense) e mirra. Os presentes como ouro e olíbano eram considerados adequados para um rei. A mirra, que é agridoce, simbolizava o destino do novo Messias.
Acreditava-se que ao enviar aromas agradáveis aos deuses, estes ficariam satisfeitos e em troca, os desejos e preces seriam atendidos. Documentos religiosos provam que essas ervas aromáticas e folhas eram considerados presentes de vários deuses. Consideravam-se os aromas como uma graça divina.
O uso de incenso também tem muitas tradições sagradas que estão presentes ainda hoje. Os nativos americanos são apenas um exemplo das muitas culturas tradicionais que ainda usam o incenso como parte de seus rituais, especialmente nas cerimônias de purificação. Eles têm usado técnicas de fumaça (fumigação) por milhares de anos. Essa fumaça consiste da queima lenta de várias ervas e resinas em um recipiente.
Nessas circunstâncias, as combinações aromáticas são usadas para purificar as energias negativas, curar os doentes, abençoar as massas e atrair energias positivas para a área. Algumas das plantas e ervas mais populares são: cedro, sálvia, sweetgrass, rosa, jasmim, etc.
Nas religiões atuais, o incenso também pode ser de uma importância muito relevante. É usado na preparação de preces e rituais. Para muitas igrejas orientais o incenso é sacramental. A queima de incenso ainda hoje tem o mesmo significado em que os nossos antepassados acreditavam. A queima de incenso simboliza a fé.
Fonte: cultura-sahaja.blogspot.com.br