Os cogumelos mágicos, também conhecidos como psylocybe cubensis, têm sido usados por milhares de anos para fins rituais e medicinais. Atualmente, há um interesse crescente em seu potencial terapêutico, tanto na forma de microdosagem, como no processo terapêutico assistido e na experiência psicodélica recreativa.
A microdosagem
É uma técnica em que uma pequena quantidade de psylocybe cubensis é tomada diariamente para melhorar o foco, a criatividade e o bem-estar geral. Embora os efeitos não sejam tão intensos quanto em uma experiência psicodélica completa, a microdosagem pode ajudar a reduzir a ansiedade, aumentar a produtividade e melhorar a disposição emocional. Além disso, estudos preliminares sugerem que a microdosagem pode ser útil no tratamento de distúrbios psiquiátricos, como depressão e ansiedade. A microdosagem de psilocibina pode seguir diferentes protocolos, sendo os mais comuns o Protocolo Fadiman (1 dia de dose seguido de 2 dias de descanso) e o Protocolo Stamets (5 dias consecutivos de dose com 2 dias de pausa). Esses métodos ajudam a evitar a tolerância e permitem que o corpo integre os efeitos sutis da substância, promovendo benefícios como foco, criatividade e bem-estar. No entanto, nunca deve-se fazer uso da psilocibina sem antes consultar um profissional qualificado, garantindo assim segurança e eficácia no processo.
Processo terapêutico assistido
Envolve o uso da substância em uma configuração terapêutica, com o acompanhamento de um profissional treinado. Durante uma sessão, o paciente toma uma dose mais alta de psylocybe cubensis com a intenção de explorar seus pensamentos e emoções. O terapeuta ajuda o paciente a navegar pelas experiências e a integrar o que foi aprendido durante a sessão em sua vida cotidiana. Esse processo pode ajudar a tratar uma variedade de transtornos psicológicos, incluindo depressão, ansiedade e PTSD.
Experiência psicodélica recreativa
Envolve tomar uma dose alta da substância em uma configuração segura e confortável, como um ambiente natural ou em casa com amigos confiáveis. Durante a experiência, o usuário pode ter uma sensação de expansão da consciência, percepções alteradas e conexões emocionais mais profundas. Além disso, a experiência pode ajudar a promover a criatividade, autoconsciência e autoconhecimento.
No entanto, é importante notar que a experiência psicodélica recreativa com psylocybe cubensis pode ser intensa e potencialmente desafiadora emocionalmente. É importante estar preparado e ter um ambiente seguro e de suporte para a experiência. Além disso, a substância deve ser usada com responsabilidade e apenas em um ambiente legal e seguro.
No Brasil, o psylocybe cubensis é considerado uma substância proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Portaria SVS/MS nº 344/98. A psilocina e a psilocibina estão na lista F2 da Anvisa de substâncias psicotrópicas, o que significa que somente medicamentos registrados podem ser prescritos com estas substâncias, sendo necessária uma autorização especial para pesquisar e manipular.
É importante lembrar que a substância deve ser usada com responsabilidade e somente em ambientes seguros e legalizados. Embora a psilocibina tenha um potencial terapêutico promissor, seu uso não é recomendado para todos. Pessoas com histórico de transtornos psicóticos, como esquizofrenia ou transtorno bipolar, estão em risco aumentado de desenvolver reações adversas graves, incluindo crises psicóticas. Além disso, indivíduos com problemas cardíacos graves, hipertensão não controlada ou que estão tomando certos medicamentos psicotrópicos, como antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), também devem evitar o uso da substância. Gestantes e lactantes devem abster-se do uso, pois os efeitos sobre o desenvolvimento do feto ou do bebê ainda não são bem compreendidos. O uso recreativo ou terapêutico da psilocibina deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde capacitado, que possa avaliar contraindicações e garantir a segurança do processo.
Sempre leia muito antes sobre o assunto e consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de tratamento ou experiência com psicodélicos.
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Fonte: Instituto Makia® www.makia.com.br
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